quarta-feira, 29 de junho de 2011

Steven Adler: " minhas ações mudou o destino da banda"




Recentemente Louie B. da revista on-line Big Wheel entrevistou Steven Adler. Confira alguns trechos da conversa abaixo.


Big Wheel: Então, quando você começou a escrever seu livro, você estava preocupado como contaria histórias envolvendo velhos amigos que podem não querer ser associados com as coisas que fizeram quando eram jovens ?


Steven Adler: "A principal coisa que eu quis fazer com o meu livro foi obter a verdade e não machucar ninguém. No meu livro assumo a responsabilidade de todas as minhas ações,por tudo o que aconteceu. Por 20 anos eu perdi minha vida,culpando e ficando com raiva de Slash,Duff,Izzy e Axl pensando que eles me decepcionaram. Infelizmente, demorou 20 anos e  ter de começar a trabalhar com Dr.Drew para perceber que eles não me decepcionaram,eu os decepcionei. Eles contaram comigo e estraguei tudo. Foi um momento especial na minha vida,onde me ensinou crescimento,de ser um adolescente para ser um homem. Tenho que dizer que lamento para cada um deles, peço desculpas por culpá-los por tudo que aconteceu comigo. E tudo que fiz para deixar a banda fora de sintonia, minhas ações jogou uma chave na máquina e mudou o destino da banda. Sempre os culpei, e eu não poderia crescer como ser humano."


Big Wheel: Você sente que agora ,depois de ficar sóbrio que está tocando melhor do que  estava em seus 20 anos ?


Steven Adler: "Um ano e meio atrás comecei a tomar aulas de bateria. Cara, eu nunca tinha tido uma aula de bateria na minha vida! Estava em uma banda que chegou a vender 100 milhões de discos, mas nunca tinha tido uma aula de bateria ... Então, sim, eu comecei a ter aulas para melhorar como artista e músico. Eu amo tocar bateria e, claro, eu só queria ficar melhor, as aulas certamente me ajudou a chegar onde estou agora, sou o melhor que posso ser."


Big Wheel: No passado você teve problemas de saúde,sofreu um derrame. Como isso afetou sua vida e / ou tocar?


Steven Adler: "Eu tive um pequeno derrame. Felizmente, foi apenas moderado. Usar drogas fudeu o meu corpo e causou isso.Eu tive que tomar aulas de dicção para aprender a falar corretamente novamente. As drogas são fodas.Você sabe, eu não estava pensando na vida; usar drogas me deixou deprimido. Eu não me importava. Queria morrer de uma maneira, mas meu corpo deu um monte de besteiras. É realmente uma raridade para uma overdose de heroína, o organismo pode suportar muito!"


Big Wheel: Como você se sente sobre o legado de "Appetite For Destruction". É seu maior orgulho?


Steven Adler: "Eu ainda estou tão animado. Nós cinco tínhamos uma meta, tínhamos um sonho, e realizamos o nosso sonho! Nós estávamos trabalhando duro, e tanto quanto que estávamos preocupados que seria nossa única chance de conseguir fazer um disco, por isso tivemos de fazer o melhor disco possível. Queríamos que fosse como um álbum que pudesse viver para sempre, e foi isso que fizemos. Sempre serei feliz com isso. Houve momentos em minha vida onde não estava feliz por causa das drogas, mas fora isso sempre tive essa conquista para olhar para trás. É o álbum de estréia mais vendido de todos os tempos. Agora que estou limpo e vida sóbria, quero vivê-la, eu vou vivê-la! Vejam Izzy, ele vive bem a vida, ele foi o primeiro a ficar limpo."


Big Wheel: A indústria da música se mudou para pior ...


Steven Adler: "Sim, certo! Minha banda está aqui para dar ao rock and roll um chute na bunda. Temos botas de bico de aço e estávamos prontos para chutar e fazer coisas interessantes novamente. Estou feliz por ter trabalhado com Dr. Drew e estar totalmente recuperado agora, é ótimo. Eu fiz um giro de 180 graus na minha vida inteira. A reabilitação é uma das coisas mais difíceis de fazer, para passar por isso, leva um tempo. Eu saí uma pessoa melhor. Se eu consegui passar por isto, então eu posso passar qualquer coisa na vida. Isso é o que eu disse e é isso que fiz. Este é quem eu era, mas agora este é quem eu sou. Eu estou aqui e pronto para viver a minha vida. É bom estar vivo!" 


20 maiores bandas de todos os tempos nos Estados Unidos

O jornal americano USA Today realizou uma votação com seus leitores para obter as 20 maiores bandas de Rock de todos os tempos nos Estados Unidos. Foi levado em consideração para os leitores poderem votar os seguintes ítens: popularidade, melhores vendagens, performances ao vivo, influência em outras bandas e tempo de banda. O resultado foi o seguinte:




01. PEARL JAM
02. AEROSMITH
03. VAN HALEN
04. THE EAGLES
05. JOURNEY
06. GUNS N' ROSES
07. THE GRATEFUL DEAD
08. QUEENSRYCHE
09. THE DOORS
10. R.E.M.
11. THE ALLMAN BROTHERS BAND e FLEETWOOD MAC (empate)
12. METALLICA
13. KISS
14. THE RAMONES
15. BRUCE SPRINGSTEEN AND THE E STREET BAND e CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL (empate)
16. DAVE MATTHEWS BAND e LYNYRD SKYNYRD (empate)
17. THE BEACH BOYS
18. NIRVANA
19. THE REPLACEMENTS
20. BON JOVI

Mais informações clique aqui.


Fonte: FC Guns N' Roses Porto Alegre

domingo, 26 de junho de 2011

Dossiê GN’R: A versão de Slash para os fatos



Em 2008 foi lançada no Brasil, pela Ediouro, uma obra literária seminal que elucida várias questões envolvendo o Guns N’ Roses e principalmente a relação entre o vocalista e o guitarrista do grupo, que responde pelo nome de Saul Hudson. É o livro "Slash" (por Slash e Antony Bozza), que aborda do início de sua carreira musical até a última turnê mundial pelo Velvet Revolver. Nesta série de matérias alguns trechos do livro serão comentados.

 Dentre milhões dos fãs de Guns N’ Roses por todo o mundo, um dos assuntos mais controversos e que dividem opiniões é a falta de entendimento do frontman Axl Rose com o guitarrista-solo Slash, que em 1996 culminaria na separação, após 10 anos, daquela que é considerada uma das melhores dobradinhas musicais do rock de todos os tempos, do tipo Mick Jagger com Keith Richards (Rolling Stones) e Steven Tyler com Joe Perry (Aerosmith). A desunião dos dois é apontada, por muitos, como o "fim oficial" da era “romântica” do Guns N’ Roses. Isso porque, mesmo com a saída de alguns membros fundadores da banda ao longo dos anos, a dupla Axl/Slash ainda mantinha as esperanças da imensa maioria dos fãs. A saída do guitarrista é vista como uma espécie de "morte" do clássico grupo, ainda hoje conduzido solitariamente por Axl.

Parte 1



ImagemO livro traz revelações do que foi chamado de “todas as lendas sobre sexo, drogas e rock and roll” a respeito de Slash, incluindo sua trajetória desde a infância até o fim de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. Na orelha do livro Slash frisa que não se trata de um desabafo, mas sim da história como ele conheceu e vivenciou. E um brinde aos gunners é a riqueza de detalhes acerca de sua vida, incluindo o envolvimento com as drogas e o álcool, além do porquê de sua saída do Guns N’ Roses – este sendo o ponto principal deste texto.
Antes de qualquer coisa é preciso ressaltar que o próprio músico nascido em Stoke-on-Trent (Inglaterra) e crescido em Los Angeles admite que seus relatos parecem “exagerados”, mas isso não significa que não aconteceram. Em dado momento da obra é afirmado por Slash que Axl certamente possui outra visão/versão para os mesmos fatos vivenciados conjuntamente nos áureos tempos do GN’R.
A partir de agora serão esmiuçados os fatos que dizem respeito à relação de Slash com seus ex-companheiros de Guns N’ Roses, cheia de especulações por muitos dos fãs da banda.
Já no início do livro, Slash dá uma declaração que enaltece o baterista Steven Adler, expulso do grupo em 1990 em plena gravação do disco duplo "Use Your Illusion" por excesso de drogas. Slash afirma que deve tudo em sua carreira a Adler, que conheceu na escola aos 13 anos (1978). “É graças a ele que toco guitarra”, revela o músico, para quem o ex-baterista do GN’R “é o tipo de desajustado que apenas uma avó pode amar, mas com quem não pode conviver”. Ele conta que de início ouvia junto de Adler o grupo Van Halen, pelo qual ficou fascinado com os solos de guitarra de Eddie Van Halen, em “Eruption”.
Slash descreve as confusões colegiais tidas ao lado do colega que, segundo ele, dava muita importância principalmente aos grupos Kiss, Boston e Queen. Já para o guitarrista, os anos 60 e 70 foram a época “mais criativa do rock and roll”. Slash confessa que o disco "Rocks", do Aerosmith, o influenciaria sobremaneira, através das primeiras notas de “Back In The Saddle”.
Do apelido dado pelo ator Seymour Cassel, Slash admite não ter vocação para a liderança. “Basicamente, não tenho a personalidade para ser um líder de tipo algum”, entrega. Isso, obviamente, é suscitado porque anos depois muitas brigas de comando ocorreriam com o colega Axl Rose. Ele diz também que sempre procura ver o melhor das pessoas, não importando o defeito delas. No decorrer da obra, Slash afirma que tentou prosseguir com o GN’R mesmo "enfrentando" o polêmico vocalista.
Em seguida diz que é “indigno de ouvir” o movimento punk de Los Angeles, ao contrário da cena vista em Londres e Nova Iorque. A partir dali descreve como conheceu Izzy Stradlin e Duff McKagan; este último com quem possui até hoje estreitos laços de amizade, ao ponto de ter formado o Velvet Revolver no começo dos anos 2000.
Na sequencia é mostrada a transição entre os grupos seminais L.A. Guns e Hollywood Rose, pelos quais os membros fundadores do GN’R passariam – Slash, Duff e Steven pelo primeiro e Axl e Izzy pelo segundo. Neste trecho da obra o guitarrista conta como conheceu “o melhor cantor de Hollywood naqueles tempos” (Axl).
No capítulo 5 (“Azarões”), Slash descreve uma peculiar característica do guitarrista-base Izzy Stradlin. Ao mencionar a mudança do segundo guitarrista do Hollywood Rose – a demissão de Chris Webber sem o consentimento de Izzy –, ele afirma entender a personalidade do futuro ex-colega de guitarras no GN’R. “Agora sei que sair em disparada é o mecanismo de defesa de Izzy quando acha que as coisas não estão muito bem: ele nunca faz estardalhaço em torno disso, apenas sai e não olha para trás”. Tais palavras de Slash explicariam a atitude de Stradlin ao deixar o Guns em 1991 sem maiores explicações.
Por sinal, a debandada de Izzy intriga e entristece até hoje os fãs ardorosos da formação clássica do GN’R. Nesta visão, pode-se concluir que no período em que o Guns mudou seus padrões com a saída de Steven e a inclusão de teclados e metais na banda, o então guitarrista-base abandonou o barco por discordar dos rumos ora tomados por todos.
Slash recorda que se tornou “realmente bom amigo” de Axl durante o período em que o vocalista morou com a família Hudson. Para ele, os traços típicos de Rose são de uma pessoa “sensível, introspectiva e que passava por acentuadas mudanças de humor”. Por esta descrição, Slash justificaria muitas atitudes futuras e consideradas por ele como erradas.
Para Slash, o traço de personalidade "baderneiro" de Axl os unia, “desde que não prejudicasse o profissionalismo”. Entretanto, a característica reincidente do vocalista em causar atrasos nos shows e discórdias quanto ao futuro da banda após o lançamento do disco de covers "The Spaguetti Incident" (em 1993) o descontentaria profundamente.
Entre tiradas ao grupo Poison e citações à grande influência do Hanoi Rocks e do New York Dolls, Slash lembra que Axl tivera envolvimento com uma ex-namorada sua de nome Yvonne possivelmente em 1984. “Durante um dos períodos em que resolvemos dar um tempo no relacionamento, Axl transou com ela. Fiquei contrariado à beça”, confidencia o guitarrista. Portanto, a futura ‘birra’ dos dois tem raízes mais profundas do que se imaginava.
Slash ainda conta como foi a entrada no Guns N’ Roses e que via na figura de Izzy um “amortecedor” em relação ao frontman da banda. “Axl e eu nos entendíamos bem de várias maneiras, mas tínhamos diferenças inatas de personalidade”, reforçou o guitarrista. Neste instante, ele reitera que o grupo era único em suas características e realizava um sonho profissional. “Não havia nem um pouco da típica atmosfera existente em Los Angeles, na qual a meta era obter um contrato para um disco. Não existia preocupação em relação às poses apropriadas ou refrões babacas de apelo comercial que poderiam levar ao sucesso nas paradas”, classificou.
O guitarrista explica que em seu início o Guns N’ Roses se assemelhava a uma gangue, pois se reunia para fins específicos e possuia comportamento delinquente e antissocial, ao ponto de não aceitar críticas de ninguém, nem dos próprios colegas. Muito da autodestruição da banda pode ser vista nesta menção à personalidade explosiva de cada um dos integrantes.
“Eu nunca havia estado numa banda em que músicas que achava tão inspiradoras fluíam tão naturalmente”, enalteceu Slash, a respeito dos primeiros passos da banda, incluindo série de shows e composição. Algo relevante que se pode concluir pelas palavras do guitarrista – e que seria reforçado mais adiante no livro – é que a dissolução do GN’R está intimamente ligada ao rompimento do processo de criação/composição das músicas com o passar dos anos. Ou seja, cada vez mais os músicos se distanciaram com a expansão e descaracterização da banda iniciada em meados dos anos 80.
Após explicações sobre as negociações com empresários no início da carreira e de como odiavam as bandas chamadas de glam de Los Angeles, Slash cita que Axl começava a adquirir a reputação de “genioso” e que podia “subir nas tamancas a qualquer momento”. A seguir traz informações a respeito de como notou “algo diferente” em Steven, pelo uso de heroína, além da passagem em que Axl conhece Dizzy Reed, então integrante da banda Wild e que depois se juntaria ao GN’R para implantar teclados e maior complexidade ao grupo.
Fora a acusação conjunta com Axl de estupro de uma garota, Slash menciona o primeiro contrato com gravadora (Geffen Records), em 1986. A partir dali, com a entrada do empresário Tom Zutaut, o grupo começaria uma guinada, vindo a se autodestruir no decorrer do tempo. “Deixáramos de ser mais um bando de desordeiros sem nada a perder, passando a ser desordeiros com apoio corporativo”, considerou o guitarrista.
Além disso, Slash recorda como os membros da banda conheceram o músico West Arkeen, que os apresentou “as sutilezas da pureza da cocaína”. Por ironia do destino, depois de colaborações com o GN’R no começo dos anos 90, Arkeen morreria de overdose da mesma droga. A criatividade latente dos músicos era tão grande no período inicial, que a letra do petardo “Mr. Brownstone”, que fala de um dia da vida deles na época, foi escrita em um saco de papel de mercearia.






Parte 2




Para Slash, Axl era fundamental no começo do Guns N’ Roses. “Axl sempre era capaz de pegar uma melodia simples de Izzy e transformá-la em algo fantástico”, destaca. Ao longo do livro o guitarrista se equilibra entre críticas e elogios ao vocalista, o que demonstra resquícios de uma amizade adormecida – com certeza o elo que seria necessário para uma sonhada volta da formação clássica do Guns N’ Roses.


Depois Slash assumiria ter adotado uma postura “arrogante” com o músico Paul Stanley (do Kiss), durante um curto tempo em que o consagrado músico de cara pintada esteve metido com os bastidores da banda. Isso demonstra uma autocrítica do guitarrista, importante ao se contar histórias tão controversas e discutidas quanto as vividas no GN’R.


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“O estilo de vida ligado às drogas era uma realidade dominante para nós e desempenhava papel principal em tudo o que fazíamos àquela altura”, detalha Slash, sobre o momento compreendido entre o fechamento de contrato com a Geffen e a gravação do álbum "Appetite For Destruction", que deu o ‘start’ para a primeira turnê da banda.
O guitarrista atribui os efeitos dos entorpecentes como ‘inspiradores’ para alguns dos membros do grupo. “Quando acontecia de conseguirmos a droga, Izzy e eu compúnhamos um bocado porque, naquela época, a heroína era um grande catalisador para nós”, relata. “Tão logo ficávamos altos, Izzy e eu começávamos a tocar de improviso e a trabalhar em nossas ideias, criando riffs para lá e para cá”, acrescenta Slash.
Dessa forma, depois que Stradlin deixou de utilizar drogas e houve a sua saída do Guns em 1991, a criatividade nas guitarras do GN’R nunca mais seria a mesma. Tanto é que nenhuma música inédita seria lançada pelo mesmo grupo após o lançamento dos discos "Use Your Illusion I" e "Use Your Illusion II". Nesse ponto, a falta de produção da banda quanto às guitarras nada tem a ver com Axl.
Depois viria a entrada do empresário Alan Niven, que tinha no currículo a intermediação do contrato dos Sex Pistols com a EMI. Em seguida, o GN’R lançaria o EP "Live Like a Suicide". Em tal época, Slash enfrentava o vício da heroína, extremamente mal visto por Axl. “Ela é o diabo. E tão atraente e sedutora que transforma uma pessoa num demônio desonesto e traiçoeiro. Ser um viciado é algo parecido com o que imaginamos que seja um vampiro”, descreve o guitarrista. O inconveniente das drogas e também do álcool, por parte de Slash, é sempre citado por Axl como um dos fatores de distanciamento dos dois.
Em determinado momento, Slash conta que ele, Duff e Izzy eram os “ratos de esgoto”, porque saíam para inúmeros clubes e bares ,ao contrário de Axl, que sempre foi mais “sofisticado” e não costumava “apagar” como os três durantes as baladas devido à mistura explosiva de álcool e drogas.
Também em várias partes do livro, Slash desmistifica algo aparente para muitas pessoas, que acreditam que após o tecladista Dizzy Reed ingressar na banda e Steven dar lugar à bateria de Matt Sorum, o Guns produziu músicas menos pesadas, registradas nos álbuns duplos "Use Your Illusion". Canções como “Dont Cry” e “November Rain”, entre outras, começaram a ser compostas e ensaiadas ainda na época do seminal "Appetite For Destruction". “You Could Be Mine”, “Dead Horse” e a cover para “Knockin’ On Heaven’s Door” são também do mesmo periodo, apenas para se ter ideia da complexidade da história e da sonoridade do GN’R.
Em seguida Slash explica a passagem trágica em que viu o melhor amigo morrer em seus braços devido a uma overdose de drogas. O guitarrista narra que mesmo sendo a pessoa que tentou salvar o camarada, acabou se tornando vilão na visão da família do jovem falecido.
O lançamento de "Appetite For Destruction", no dia 21 de julho de 1987, é um marco no livro. Slash descreve como a banda passou de uma incógnita adorada pelo underground de Los Angeles a um sucesso internacional. Da turnê com o The Cult à rápida relação com o Metallica, Slash conta que a “camaradagem” era grande quando o álbum começou a ser assimilado pela crítica e o público. Ele credita a falta do companheirismo ao término da formação clássica da banda.
Aí vieram os shows de abertura para o Aerosmith na Europa e finalmente o grupo se tornou o principal de uma turnê. Mesmo aparentando apego a Izzy, Slash não deixa de, em dado instante, criticar o colega de guitarra. “Izzy era o Grande Instigador. Era capaz de semear a discórdia sem se envolver”, dispara, citando desentendimentos com uma pessoa com a qual conviveram na época. Tudo isso no capítulo “Com o Pé na Estrada”.
Em outubro de 87 a banda encerrara a turnê de AFD e, na visão de Slash, estava se solidificando cada vez mais. A razão era a sintonia com Izzy nas guitarras, a de Duff e Steven compondo a dupla do ritmo e Axl com sua grande energia. Na sequencia vieram as primeiras aparições na recém-criada MTV.
“Foi a nossa primeira exposição de verdade, penetrando lentamente na consciência coletiva”, classifica o guitarrista. A seguir a trajetória do Guns inclui shows de abertura nos Estados Unidos para o grupo Mötley Crue, que Slash considera como “a única banda de Los Angeles que surgiu do cenário do glam rock que era 100% autêntica”. Aliás, muita farra seria registrada na companhia de Nikki e Tommy.
E haveria ainda apresentações na companhia de ninguém menos que Alice Cooper. Entretanto, é nesta ocasião que Axl causaria um imenso constrangimento aos quatro colegas de banda. O vocalista optou por ir depois dos companheiros em um carro com a namorada, ignorando a opinião contrária do empresário e dos músicos da banda. Slash, Izzy, Duff e Steven esperaram até o último instante e tiveram de subir ao palco sem a presença de Axl. Além de terem de improvisar músicas cover enquanto o vocalista não aparecia, os componentes do GN’R chegaram ao ponto de perguntar se havia algum cantor disponível na plateia. “Acabamos insultando o público e atirando coisas nele. Foi ridículo”, avaliou o guitarrista, sem ‘meias palavras’. Depois que Axl não apareceu, os demais músicos do grupo deixaram o palco e voltaram para Hollywood. “Tão putos da vida que só falávamos em chutar Axl da banda ainda naquela noite e procurar outro vocalista”, conta Slash. Ele faz alusão, surpreendentemente, ao tanto de vezes que a possível expulsão do vocalista foi cogitada.
“O assunto de demitirmos Axl surgiu umas seis vezes, completamente a sério, durante o ciclo de vida da banda”, revelou Slash. Na sequencia ele relata que, no caso citado acima, o vocalista ainda agiu como se nada de errado tivesse provocado. “O espantoso em Axl é que ele não entendia, em situações como aquela, que havia feito algo errado, não se mancava”, criticou.
Slash ainda filosofa ao tentar descrever o controverso colega de banda. “Existem certos protocolos que Axl não segue. Uma vez que não habita o mesmo espaço mental que as outras pessoas, as normas aceitáveis não lhe ocorrem”, aponta o guitarrista. “Axl é super-inteligente e, ainda assim, vive num lugar onde a lógica que governa outras pessoas não se aplica. Não se dá conta do inconveniente que suas escolhas podem ser para os outros”, emenda Slash. Tal consideração pelo colega explicaria muito dali em diante...
O percurso do Guns N’ Roses traria a seguir shows de abertura para o Iron Maiden em 1988. O próprio Slash comentaria sobre o inusitado: “Não ficamos assim tão empolgados com a ideia, uma vez que não achávamos que formávamos a combinação perfeita”, admite. O guitarrista mostrou respeito aos ingleses, mas não os isentou de críticas. Ao dizer que o álbum "Seventh Son f a Seventh Son" fora um grande sucesso, Slash ridiculariza a apresentação de palco do Maiden. E ainda lembra de um ‘chilique’ de Axl que culminaria em uma “inquietante tensão” entre as bandas.
O guitarrista passa então a citar novos deslizes do vocalista, como ausências propositais em shows e reuniões da banda. Slash não perdoou o colega: “Falta de consideração de Axl”. Em seguida, após o cancelamento de parte da turnê em que estavam, os membros do GN’R partiriam para abrir apresentações do então renascido Aerosmith.
O poderio alcançado pelo Guns, mesmo com as intempéries de Axl, pode ser medido por algumas palavras de Slash. “Estava claro que, apesar dos sucessos do Aerosmith nas rádios, logo nós nos tornamos a atração principal. Aconteceu muito depressa, graças à exibição constante da MTV de “Sweet Child O’ Mine”, disse o guitarrista, sem falsa modéstia. Tanto é verdade que um jornalista da Rolling Stone havia sido designado para fazer uma reportagem de capa sobre o Aerosmith, mas depois de observar a reação do público e vendo o GN’R tocar ao vivo, optou por colocá-los no lugar do grupo de Tyler e Perry.
Foi nesta turnê de 1988 que o Guns assistiria a duas pessoas morrerem pisoteadas no festival Monsters Of Rock, em Castle Donnington (Inglaterra). “Axl parou o show algumas vezes num esforço para controlar a multidão, mas não havia como acalmá-la”, descreveu o guitarrista.
O ponto a que o GN’R chegara assustava Slash. “A verdade é que o que sempre quisemos fazer foi ficar acima das bandas idiotas de ‘hair metal’, que desfrutam sucesso não merecido por sua existência medíocre”, atacou. “Mas, antes que me desse conta, foi onde aterrissamos quase da noite para o dia”, ponderou. O sucesso alcançava países como Austrália, Nova Zelândia e até o Japão, onde Slash disse ter tido um “tremendo choque cultural”.
A fama beirava o auge, tanto que Slash contou ter realizado um sonho: comprou uma guitarra Les Paul de 1959 de Joe Perry, a mesma que o guitarrista do Aerosmith usava em um pôster que ele tinha na parede de seu quarto quando criança. Depois o músico ainda relataria que a Les Paul faria uma guitarra em sua homenagem – a “Slash Signature” –, réplica de uma comprada por ele, modelo Standard, em 1988. “Levando em conta que fizeram o mesmo por Jimmy Page (do Led Zeppelin), sinto-me honrado”, considerou.


Parte 3 


Já em 1989, Slash se dera conta de que aquela motivação incentivadora do Guns N’ Roses em se tornar “a banda mais perigosa do planeta” não existia mais. “A necessidade de sobreviver não era mais uma motivação”, afirmou. A monotonia da cena de Hollywood ‘forçou’ Slash a se refugiar mais intensamente na heroína, por exatos dois anos – até 1991. “Eu buscava algum lugar obscuro”, confidenciou.



Os efeitos, para ele, ‘nocivos’ da fama, seriam sentidos cada vez mais. “Não tinha aspirações materiais em absoluto. Nunca me importara com posses. De repente, porém, todos à minha volta começaram a se preocupar muito com isso”, assinalou Slash.
ImagemÀquela altura, os componentes do grupo estavam se distanciando, tanto pelo cansaço das excêntricas turnês quanto pelo acirramento das diferenças sobre os rumos. “As únicas mensagens que recebi deles chegaram oficialmente através da direção na pessoa de Doug Goldstein, que falava sempre com Axl”, detalhou Slash.
O guitarrista aponta que teria de compor e despertar o interesse de Axl para atraí-lo caso todos quisessem ser uma banda outra vez. Mas na ocasião, Slash e principalmente Izzy estavam muito envolvidos com drogas. Só que, com a intervenção de Axl e Slash, o guitarrista-base foi resgatado pelo próprio pai e desde então ficou ‘limpo’ – tem estado até hoje.
De acordo com o guitarrista, ainda assim os integrantes da banda deram um jeito de se reunirem para compor as músicas do álbum sucessor de G N’ R Lies, lançado em 29 de novembro de 1989 com gravações acústicas somadas às do EP "Live ! Like a Suicide". “Estávamos conseguindo compor alguma coisa, criando alguns riffs daqui e algumas partes de músicas dali. Quando estávamos trabalhando, nós nos concentrávamos, mas nunca conseguíamos completar nenhuma de nossas ideias sem todos os integrantes da banda juntos”, descreve Slash.
Conforme explicou o guitarrista, naquele momento todos voltaram a estar concentrados, mas lhes faltara habilidade no que se refere a trabalhar em equipe – até mesmo por não mais viverem e andarem sempre juntos, como nos primórdios do grupo, quando todos se interdependiam para a própria sobrevivência. “Havia a vontade, mas faltava disciplina”, resume Slash.
Os excessos com álcool por parte de Slash e Duff incomodavam Izzy naquele instante. “Tenho certeza de que Axl tinha seus motivos para fazer as coisas a seu jeito também”, admite o guitarrista-solo. “Mas não existia diálogo sobre todas essas questões e, como consequencia, havia sérios mal-entendidos”, ponderou Slash. “Em vez de elaborarmos um método novo para resolvermos nossas questões, todos os problemas foram virando uma grande bola de neve”, acrescentou. Isso sim, como o leitor virá até o final, ocasionaria o fim da banda como o mundo conheceu.
Slash explica que o grupo se tornara “disperso” e a dinâmica foi embora. “Não era culpa de ninguém, fizemos o melhor que pudemos”, isentou. “Éramos uma banda fora de controle com algum resquício de inteireza que perdera a habilidade de canalizar tudo de maneira adequada. Simplesmente não falávamos a mesma língua”, sintetizou o guitarrista. Por sinal, tal explicação é mais adequada do que alguns meramente dizerem que Axl deliberadamente ‘acabou’ com a banda. “Todos acabamos sendo omissos”, acusa Slash, para quem faltava comunicação entre os integrantes.
O guitarrista descreve que o cenário de rock de Chicago – onde vivia àquele instante junto de Duff – era bem diferente do de Los Angeles. “Era 1990 e o lugar girava em torno do estilo de música metal industrial de bandas como Ministry e Nine Inch Nails”, abreviou. Como vários anos mais tarde ficaria evidente, Axl captaria tais influências para tentar produzir o ‘novo som’ do GN’R – depois da saída de todos os “originais”, só ocorreria em novembro de 2008 o lançamento do tão esperado "Chinese Democracy".
“O clima entre nós era sombrio demais e não conduzia à verdadeira criatividade”, analisou Slash, sobre o período de composição que antecedeu os álbuns "Illusions". O guitarrista contou que Axl tivera ataques de quebradeira, que descontentaram a Izzy. Mesmo assim Slash admite falha na época: “Quem sabe se tivéssemos ouvido o que ele queria fazer e sido um pouco mais cooperativos Axl não tivesse entrado em parafuso daquele jeito”, reflete.
Slash descreve Axl como portador de um “ar amargurado” aparentemente oriundo de um estado depressivo. Mas o guitarrista frisou que estava mais preocupado com Steven naquele momento. “Andava abusando demais da cocaína e seu desempenho pagava o pato”, elucidou o colega dos tempos de escola. “Compreendi que o caso de Steven se tornava cada vez mais irremediável”, delineou Slash.
O estado de tensão do grupo era grande. “O Guns era uma banda que poderia romper a qualquer segundo”, analisou Slash. O próprio guitarrista destaca no livro que o nível criativo do GN’R caiu drasticamente. “Até Use Your Illusions I e II, o Guns escreveu músicas de uma maneira: a banda começava com uma ideia que qualquer um de nós podia ter tido e, então, todos colaboravam”, esmiuçou o guitarrista. Para Slash, em 1990 o grupo já havia perdido essa inspiração coletiva para produzir. E pelos anos seguintes apenas se arrastou para chegar ao próprio fim.
“Axl e eu tínhamos uma interessante espécie de relação de amor e ódio, sempre tivemos”, especificou Slash. O modus operandi do Guns N’ Roses ruiu e não mais retornou, com Axl mais e mais distante dos demais membros, que também não se confraternizavam da mesma forma que antes. “A tendência de Axl de se comunicar através da direção prosseguiu quando ele retornou de Chicago (para Los Angeles) até os meus últimos dias na banda”, expôs Slash.
Até mesmo a relação com Izzy não ia bem para o guitarrista-solo. Slash o deixou furioso ao passar pelo apartamento do colega e deixar marcas de sangue quando injetou drogas antes de ir para o velório da própria avó, que morrera e o deixou emocionalmente abalado. “(Izzy) Tinha toda razão para estar possesso”, admitiu Slash. “Hoje, analisando esses acontecimentos, percebo como eu era insano e autodestrutivo, mas naqueles tempos não me dava conta disso”, emendou.
O guitarrista ilustra que não fossem alguns shows agendados para abrir para o Rolling Stones o Guns talvez tivesse sido morto pela ‘inércia’. Mas naquele instante Slash teve um pico do uso de drogas, obrigando a própria mãe a orientá-lo a ligar para David Bowie – um antigo conhecido dela – para receber conselhos do experiente músico. A situação se agravou quando Axl implicou com os colegas Steven e Slash pelo uso de heroína. “Há gente demais entre nós dançando com ‘Mr. Brownstone’”, disse o vocalista durante o primeiro show de abertura aos Stones.
Ainda assim Axl aceitou realizar os demais shows, que foram um lampejo de felicidade aos californianos de criação. “Os Stones nos assistiram as quatro noites, segundo eu soube, porque nós os fazíamos lembrar de si mesmos no começo da carreira”, enalteceu Slash. Entretanto, o guitarrista e o baterista da banda se encontravam, segundo o próprio Slash, ‘no fundo do poço’. “Axl teve toda a razão de impor suas condições. Aquele tipo de existência simplesmente não podia dar certo no nível em que estávamos. Quando se é prisioneiro da heroína, a vida não gira mais em torno da música. Eu me esquecera disso”, lastima.
Slash menciona que, devido à empolgação em cantar junto dos Stones, Adler até se sentiu motivado a querer a recuperação do vício em drogas. O próprio guitarrista foi aconselhado a se afastar da badalação da banda em Los Angeles e ficar num resort de golfe no Arizona para melhorar. No entanto, houve apenas o isolamento, porque Slash levaria coca e heroína suficientes para alguns dias.
O resultado não poderia ser outro; acabou causando um grande tumulto ao esmurrar um espelho na busca por atingir ‘animais’ que o perseguiam, em pura alucinação. Slash acabara pisando nos cacos e, sangrando, correu nu pelo estabelecimento de recreação, ocasionando um verdadeiro alvoroço. O episódio quase custou uma prisão ao guitarrista, que regressou à Califórnia.
Assim que voltou, Slash sofreu uma “intervenção” por um ‘comitê’ formado por várias pessoas envolvidas com o GN’R. No entanto, o guitarrista se disse irado com a presença de Adler no mesmo grupo, porque ele também estava extremamente viciado. “Era ridículo que Steven fizesse parte do comitê, porque ele precisava de reabilitação tanto quanto eu, senão mais. Encarei-o com um único pensamento: hipócrita”, disparou Slash. O que se sucedeu foi uma internação mal-sucedida numa clínica em Tucson.
No decorrer do livro Slash reitera que a fragmentação da amizade dos integrantes do Guns ocasionou o fim do grupo como todos conheciam. “Quando começamos a banda, nosso futuro dependia de nossa união forte e espontânea. Nossa atitude gerou uma leal camaradagem entre nós que é muito rara de se ver por aí. O sucesso acabou por fragmentar esse elo ao nos dar aquilo que queríamos e muito do que não precisávamos – tudo de uma só vez”, filosofou o guitarrista. “A sensação era de que havíamos nos esquecido de como fora divertido sermos nós”, completou. Frases como estas resumem muito da razão para o término do GN’R.
A história da banda traria ainda fatos como Slash substituir a heroína pela bebida alcoólica. Ele se unira intimamente ao baixista Duff para compor, mas continuava com preocupação a respeito de Adler. “Nosso caro Steven tornara-se um viciado compulsivo em drogas e achava-se num estado de completa negação. Ele nunca amadureceu para além daquelas fantasias do primeiro grau em torno do rock and roll, nem mesmo quando o risco de perdê-las estava bem diante de si”, analisa Slash.
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O guitarrista garante que os membros da banda tentaram auxiliar o baterista a deixar os entorpecentes. “Fizemos o que pudemos para tentar colocá-lo de volta nos eixos, mas não se podia dizer nada a Steven”, explica. Izzy, Slash e Steven tiveram problemas sérios com cocaína e heroína, mas a diferença é que os dois primeiros conseguiram se recuperar. Seguidas internações do baterista não deram certo. “Steven escapou de clínicas de reabilitação 22 vezes”, enumerou Slash, para se ter noção do esforço feito.
À exceção do baterista, o Guns N’ Roses se uniu novamente, por um breve instante, suficiente para criar novas canções e trabalhar em composições existentes que iriam para os Illusions. “Naqueles momentos, a antiga energia voltava e tudo ficava excitante, elétrico”, lembra Slash. O guitarrista enumera como quase todas as músicas do álbum duplo de 1991 foram trabalhadas, num verdadeiro deleite aos gunners.
Naquele instante houve um lampejo de união dos membros da banda. “Ficou claro que, tão logo reservamos um minuto e deixamos toda a besteira de lado, que nos reunimos sem hostilidade, recobramos a vibração, a química da banda”, descreveu Slash, em um tom também de autocrítica. É na gravação dos "Illusions" que se reforçariam as diferenças depois irremediáveis entre os integrantes da banda. O guitarrista mostra descontentamento com a conduta de Axl em todo o processo.



Esta é uma matéria antiga do site Whiplash! Quer saber por que destacamos matérias antigas?

Vcs lembram desta jaqueta ae!!!!!!!!!!!

Axl Rose com a Jaqueta em um Show em Tóquio em Fevereiro de 1992!!!!!!



18Anos depois.......


Axl Rose Com a Tour Chinese Democracy em 2010!!!!!!



Axl Rose com a mesma jaqueta de 18 anos atrás, da época da formação classica do Guns N' Roses ¬¬, muito foda!


sábado, 25 de junho de 2011

Ashba: O guitarrista que nunca dorme

 
Independentemente de quando você estiver lendo isso, o guitarrista DJ Ashba do GUNS N´ROSES/SIXX: A.M, estará certamente acordado e trabalhando em algo criativo neste momento. Como você pode acompanhar nesta entrevista exclusiva para o site ultimateclassicrock.com. Além de reforçar a banda de Axl Rose, Ashba recentemente lançou um segundo álbum com Nikki Sixx do Mötley Crüe, com o Sixx: AM.
Como se isso não bastasse, DJ (refere-se à Daren Jay, e não um apelido de hip-hop), também é dono de uma empresa de design, e ele está escrevendo o roteiro de um filme de animação. Acomapanhe a entrevista:

Ultimateclassicrock.com: Você está com o Guns N 'Roses e o Sixx: AM, além de você ter sua própria empresa de design, arte e publicidade. Você consegue dormir?
DJ Ashba: Está tudo no café. Você sabe porque, na verdade, eu fico acordado até tarde e eu me levanto cedo, eu durmo cerca de quatro horas por noite. Eu tenho feito isso por anos e anos, eu tenho trabalhado muito por toda a minha vida.

Ultimateclassicrock.com: O primeiro show de rock que você viu foi do Mötley Crüe, certo? Você já viu o Guns N 'Roses?
DJ Ashba: Eu nunca vi o Guns N 'Roses ao vivo, estranho né? Foi muito difícil, eu vivia só em casa, era difícil ir a um show de rock, porque fui criado em uma família muito religiosa. Então, a única vez que eu fui em um show, foi quando visitei meu pai verdadeiro, lá em Indiana, e com o tempo ele começou a trabalhar fora. Na verdade, o único show que ele me levou foi o do Mötley Crüe, porque foi meu presente de aniversário de 16 anos.

Ultimateclassicrock.com: Mas você conseguiu ir em mais shows quando ficou mais velho, certo?
DJ Ashba: Depois disso, quando eu consegui meu carro, eu mesmo ia dirigindo aos shows, mas mesmo assim levava duas horas para chegar aos lugares onde aconteciam os shows, pelo fato de muitas bandas não tocarem por perto. Eu assistia à MTV todos os dias e ouvia todos os lançamentos que eu podia. Eu tentava ouvir o que eu conseguia, e sempre tentava buscar mais, pois o rock era um tipo de música muito escassa de onde eu vim.

Ultimateclassicrock.com: No Sixx: A.M, o segundo álbum mudou muito em relação ao primeiro?
DJ Ashba: Eu acho que não muito. O primeiro registro ("The Heroin Diaries Soundtrack", 2007), nós realmente nem sabiamos o que estávamos fazendo. Foi apenas um daqueles dias onde, três melhores amigos, entre compositores e produtores, apenas tocavam algumas idéias. Nikki e eu fizemos uma parceria com Funny Farm (em seu estúdio de gravação). Queríamos escrever e produzir para um monte de artistas diferentes. Ele iria sair em turnê, foi quando eu comecei a mexer com esse lance de orquestras em pro-tools. Era como se um mundo novo se abrisse para mim. Eu criei algumas peças, e daí surgiram "Xmas in Hell" e "Intermission". Nikki voltou e ouviu, pensei que eles poderiam gostar, e começaram a fazer letras em cima delas, e desde então se transformou em algo grande.

Ultimateclassicrock.com: Então qual foi sua conclusão para o novo álbum do Sixx: A.M, "This is Gonna Hurt"?
DJ Ashba: No primeiro álbum estávamos apenas tentando definir o que era o Sixx: A.M. No segundo registro nós já sabíamos como soava, e pudemos nos concentrar muito mais sobre o conteúdo e sua parte musical, e levar as composições para um nível totalmente novo.

Ultimateclassicrock.com: Existem planos para uma turnê com o Sixx: A.M.?
DJ Ashba: Não há nenhum plano de turnê ainda. O Mötley já está com uma turnê, e o Guns N 'Roses está planejando sair no final do ano. Nada há nada concreto ainda.

Ultimateclassicrock.com: Você já viu a "batera montanha-russa" de Tommy Lee?
DJ Ashba: Não, ainda não, mas Nikki quer que eu vá para o show no Hollywood Bowl, para Tommy me mostrar durante a passagem de som ou algo assim, eu quero experimentar.

Ultimateclassicrock.com: Você mencionou uma turnê do Guns N 'Roses. A América do Norte estaria incluída?
DJ Ashba: Bem, eu não quero definir nada, ainda, a única coisa que está definida agora é Rock in Rio no dia 02 de outubro, mas estamos ansiosos para chegar lá, e um dos nossos principais objetivos é de tocar nos Estados Unidos. Quando tudo passar, obviamente, todo mundo vai saber. Eu estou esperando isso acontecer, vai ser muito divertido.
Ultimateclassicrock.com: O Guns N 'Roses está gravando algum material novo?
DJ Ashba: Axl tem tantas canções escondidas na manga desde o "Chinese Democracy". Ele tem praticamente três álbuns prontos, ele me mostrou algumas músicas e são incríveis. Ele tem toneladas e toneladas de canções. Então, quando Axl se sentir motivado, surgirá um novo lançamento. Como se fosse uma chamada, ou uma visão. E eu quero fazer o possível para trazer essa visão.

Ultimateclassicrock.com: Quais são suas canções favoritas do "Chinese Democracy", e quais são as mais divertidas de tocar ao vivo?
DJ Ashba: Provavelmente "This I Love" é uma que me fisgou, porque é simplesmente uma grande canção, liricamente e musicalmente, ela é tipo uma montanha-russa de emoções. É muito sincera, deve dizer. Adoro tocar músicas como "Revenge Shackler" e "Chinese Democracy", ao vivo. Todas elas traduzem uma boa energia, muito divertidas de tocar. "Street of Dreams "também é ótima.




Leia a entrevista completa (em inglês) no link abaixo:

Dois anos sem Michael Jackson: relembre a carreira do rei do pop


Exatamente dois anos atrás, o mundo perdia Michael Jackson, aquele que durante sua vida ostentou o título de rei do pop. Mesmo após sua morte, o cantor não perdeu a majestade: ganhou um filme exibido mundialmente nos cinemas com fragmentos de ensaios e preparativos daquela que viria a ser sua última turnê This is It (2009, dirigido por Kenny Ortega), um álbum póstumo (Michael, 2011, que inclui duetos com Akon, 50 Cent e Lenny Kravitz) e outros projetos esperam ser lançados, só dependem da liberação da justiça.
Ainda em junho de 2011, o clipe de Crowdsourcing estreou no Facebook como parte do legado de Michael Jackson. Foi um projeto lançado em esfera global e fez com que pessoas de todos os cantos do mundo pudessem gravar sua homenagem ao cantor. O resultado foram 15 mil vídeos de 103 países diferentes. A versão final foi dirigida por Dennis Liu.

Michael ainda será imortalizado pelo Cirque du Soleil em um espetáculo musical, previsto para estrear em outubro. O espetáculo Michael Jackson: Immortal World Tour passa pelo Canadá, depois segue em turnê pelos Estados Unidos. O concerto será composto por hits memoráveis do cantor e canções inéditas que o astro estava finalizando. Outro projeto que o tem como tema é do rancho Neverland, antiga casa do rei do pop, ser recriado em um hotel-cassino de Las Vegas, nos Estados Unidos, cuja previsão para ficar pronto é em 2013.



Multifacetário Michael
Cantor, empresário, compositor. O artista esteve sempre envolvido em polêmicas. Durante seus anos de carreira, foi alvo de crítica dos jornais por tentar mudar a aparência. Além das inúmeras cirurgias, a controvérsia sobre sua doença incurável, o vitiligo, ainda paira: a opinião pública o critica pelo fato dele não aceitar sua cor, negra.



Infância e adolescência
Michael Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958 em Gary, Indiana, o sétimo de nove irmãos. Cinco dos irmãos Jackson - Jackie, Tito, Jermaine, Marlon e Michael - apresentaram-se juntos pela primeira vez em um programa de calouros quando Michael tinha 6 anos. Eles levaram o primeiro prêmio. O grupo, mais tarde, tornou-se o The Jackson Five, e, quando assinou contrato com a gravadora Motown Records, no final dos anos 1960, passou por uma metamorfose final, virando The Jackson 5. Michael Jackson fez seu primeiro álbum solo em 1972.



Casamento e família
Em 1994, Jackson casou-se com a filha única de Elvis Presley, Lisa Marie, mas o casamento terminou em 1996. No mesmo ano, Jackson oficializou sua união com Debbie Marie Rowe e eles tiveram dois filhos antes de se separarem, em 1999. Apesar do relacionamento, eles nunca moraram juntos. Jackson tem três filhos: Prince Michael I, Paris Michael e Prince Michael II, este último conhecido por um momento público breve em que seu pai o segurou para fora da sacada de um hotel, provocando alarme generalizado.



Volta por cima
Depois de vários recomeços falsos, Jackson e a promotora musical AEG Live anunciaram que ele faria 50 shows na 02 Arena em Londres. A previsão era que o cantor começasse os concertos em 13 de julho. Jackson vinha ensaiando na região de Los Angeles para os shows em Londres, cujos ingressos esgotaram horas depois de começarem a ser vendidos, em março.



Anúncio da Morte
Michael Jackson morreu na tarde de uma quinta-feira (25 de junho de 2009) após sofrer uma parada cardíaca e ser levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center, em Los Angeles, nos EUA. Aos 50 anos, o cantor não respirava quando os paramédicos chegaram à sua casa. Ele deu entrada no hospital em estado de coma. A morte de Jackson foi confirmada por um porta-voz do Instituto Médico Legal de Los Angeles em entrevista à rede de TV CNN pouco antes das 20h30 (horário de Brasília).



Conrad Murray
Contratado pela AEG Live (empresa responsável pela turnê This is It) para tomar conta da saúde do astro, o médico particular do popstar, Conrad Murray, foi apontado como principal suspeito de sua morte. Murray foi acusado de homicídio culposo (aquele que não tem a intenção de matar) em fevereiro de 2010 por causa da overdose de medicamentos e uma intoxicação com o anestésico Propofol, que levaram Michael ao óbito. Sua morte foi constatada vinte minutos depois de receber uma injeção de Propofol, enquanto o doutor se ausentou para atender a uma ligação telefônica. O caso está em andamento e o julgamento deve ocorrer em setembro.


O Rei do Pop com o Rei da Guitar, só pode dar isso 



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